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Blog Dois Pernods

Soneto Óbvio

Foto do escritor: Oscar CalixtoOscar Calixto

À toda forma de amor

O espaço à dor é certo.

Pois é certo que não há cor

Em tela, de cuja tinta, o

Próprio quadro é liberto.

Se preservas a dor, o

Rancor, és incorreto.

Pois não vives o amor, o

Teu amor é paraplégico.

Se preservas o amor, o

Teu amor é bem mais certo.

Visto que amor e dor

É coisa simples. É o

Que toda a gente já viu de perto.


© Copyright, 2013 Oscar Calixto  - Todos os Direitos Reservados.


67 visualizações8 comentários

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8 Comments


Bbruks Cherry
Bbruks Cherry
Aug 02, 2018

Muito legal esse soneto, bem escrito.

Todo amor que não se demonstra, de certa forma não se mostra, é paraplégico, hoje em dia temos que esconder toda forma de amor e admiração que se tem por uma pessoa, infelizmente.

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Drica Moreira
Drica Moreira
Aug 02, 2018

Ai, Oscar!


Que coisa mais linda é essa? Emociona pelas palavras carregadas de sentimentos e pela fotografia que também está belíssima! Amor e dor são duas coisas inseparáveis mesmo! Parabéns! Beijão!

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Adrielle Sauhzo
Adrielle Sauhzo
Aug 02, 2018

Olha aí, acordar tomar meu café e ler teu poema. Poucas coisas são tão simples e causam ótima sensação. Nesse ser já se conhece amor e dor, mas o amor se demorou e ainda há resquícios dele. Ainda está preservado. Obrigada por compartilhar tuas palavras.

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Andrea Morais
Andrea Morais
Aug 01, 2018

Parabéns pelo soneto. Muitas pessoas não sabem que para ser soneto só precisa ter 14 versos, e não toda aquela estrutura camoniana.

Adorei a temática apresentada e concordo com a visão do eu-lírico. Afinal, todos amamos e sofremos em algum momento por causa disso, mas guardar rancor não serve de nada e só bloqueia nossa visão para novos horizontes.

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Letícia Guedes
Letícia Guedes
Aug 01, 2018

Olá!


Adorei o nome do seu poema, porque nos relembra de algo: nem sempre o óbvio é tão óbvio assim, às vezes ele precisa ser dito. Amor e dor, realmente, caminham de mãos dadas, no entanto é preciso ter cuidado com qual deles iremos cultivar. Pouco sofrimento nos ensina a crescer, sofrimento demais apenas sufoca: a si e ao que se sente. É como uma rosa e seus espinhos: é preciso saber segurá-la, para que os espinhos que furam não estraguem o doce do perfume.


Abraços! :)

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