E como se parasse o mundo diante de mim,
como se espalmasse minh'alma na mais dura estrada do sertão das Alagoas,
como se mergulhasse meu ser inteiro num lago tintado por raízes de cúrcuma,
Como se o sol, de repente, se convertesse em lua
e, nua, ela então resolvesse abandonar o leito celeste
deixando, como peste, um céu intermitente e sem inspiração alguma,
Como se nada então fizesse,
como alguém que se esquece,
que se abandona... que se muda,
Riu-me pelas pupilas a ironia da alma dura.
Abriu-se majestosa, como se fosse a melhor das espécimes,
agigantou-se tecendo elogios inúmeros a si própria e humilhou aos demais terrestres.
Dentro de mim, paredes da admiração ruíram.
do que as rompera, eu agora me esquivava.
E, no eco do nada, meu pensamento e meu peito então grunhiram:
Impávido ego, destruidora vaidade...
Mais um ser que se perdeu no encanto de si mesmo
e, envolto em nuvens negras, ao inferno sucumbiu
e em meus olhos esmaeceu.
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